terça-feira, 9 de agosto de 2016

O DESAPARECIMENTO DE PETRUQUIO

Hoje um dos nossos cachorros sumiu: o menor e o mais ingênuo. Eu e Fellipe já  procuramos bastante. Desapareceu no início da tarde, e agora pouco uma moça disse tê-lo visto há meia hora, mas não achei. Está ventando muito frio e fico pensando como vai passar à noite.
Penso tantas coisas, o que é habitual meu, é que as situações sempre me abrem muitas reflexões.
Gosto de animais, gosto dos meus; Mas não sou daquelas pessoas "fanáticas" - sou racional, porém realmente uma situação como esta gera "angústia".
Preocupada com meu filho, ele tem uma afinidade com animais, ele é do tipo que amansa gatos "brabos" na rua, os bichos se aproximam dele naturalmente. Sei que eu posso lidar com essa perda, mas pra ele será mais difícil, porque ele é melhor do que eu.
Já penso nas pessoas desaparecidas, nas  pessoas que estão nas ruas em noites frias como esta, nas pessoas que amamos e um dia morrem, desaparecem; Na perda de esperança, no não saber, do se ver diante de tantos caminhos e não saber por qual seguir, ou em qual encontrar o que se procura; Em como é necessário ter malandragem pra sobreviver, pois se nosso cachorrinho fosse esperto como o outro, ele não teria se perdido - pois o outro também saiu, mas voltou; Em como incomoda dormir e não resolver uma situação.
Espero que o Petruquio volte, mas se não voltar teremos que lidar com isso, contudo de um jeito que eu consiga ensinar para o meu filho que na vida perdemos coisas, mas não é porquê aprendemos a lidar com a perda, que tudo que se perde é banal, se pode perder como se não tivesse valor.

16/07/2016


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